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“Chip” do tamanho de moeda promete ajudar pacientes tetraplégicos a voltar a andar. No último dia 20 de novembro Neuralink recebe aval para testes em humanos com tetraplegia no Canadá. Entretanto, especialistas veem com receio o caminho da tecnologia do bilionário Elon Musk

 

Com informações de O Globo

 

 

O Neuralink é uma espécie de interface que promete conectar a mente humana com máquinas. Essa tecnologia, chamada de interface cérebro-computador, busca ler e decodificar a atividade cerebral para o controle de máquinas.

 

Explicando de forma simplificada, ao pensarmos em algo como, por exemplo, levantar a mão, nosso cérebro libera impulsos nervosos aos neurônios, consequentemente levando os impulsos ao corpo pelo sistema nervoso central até o braço, que realiza o movimento.

 

É esse sinal enviado pelo nosso cérebro que o Neuralink busca registrar e codificar para, por exemplo, mover uma prótese para pacientes com dificuldade motora.

 

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No último dia 20 de novembro, a agência reguladora canadense deu aval para a realização dos testes em humanos após o período de testes em animais. Agora a tecnologia passa para o próximo estágio de avaliação, com pacientes tetraplégicos.

 

Contudo, os especialistas têm cautela ao analisar o progresso da tecnologia. Muitos afirmam estranhar a velocidade com que os processos de verificação da segurança e eficiência do dispositivo estão sendo feitos. Além disso, muitos dizem que existe pouca informação a respeito dos testes realizados e de seus resultados.

 

Muito da atenção ao redor do transplante parece ocorrer por conta da figura do bilionário Elon Musk, que investe massivamente em marketing, além de ele mesmo ser uma figura polêmica e que costuma atrair atenção para suas ações, tanto nas empresas que possui quanto politicamente. Diversas vezes o dono da Spacex, Tesla e X afirmou a vontade de que seu implante crie “uma simbiose entre homem e inteligência artificial”.

 

Portanto, apesar da grande expectativa gerada pelo neuralink, os indícios demonstram que a tecnologia ainda possui uma longa estrada de testes que comprovem sua segurança e eficiência, além de questões éticas que podem ser levantadas pelo uso do aparelho em pessoas saudáveis, para um dia ser comercializado ao público.  



 

  • 6 de abr. de 2024
  • 1 min de leitura

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Data: 10/04/2024  às 17 horas (Brasil)


Palestrante: David Vila-Viñas (Universidad de Sevilla)


Título: “Razonamiento jurídico y digitalización”


O evento será transmitido através do Canal do YouTube do Cyber Leviathan: https://www.youtube.com/@ObservatorioCyberLeviathan


Inscreva-se no canal e ative o sininho para ser notificado de todos os vídeos do Cyber!


OBS: O participante que desejar a emissão de certificado deverá preencher a lista presença que será disponibilizada no chat do YouTube ao final da palestra.

  • 15 de jan. de 2024
  • 3 min de leitura

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José Luis Bolzan de Morais

Professor do PPGD FDV/ATITUS. Pesquisador PQ/CNPQ - Direito e Tecnologia. Presidentes do CYBERLEVIATHAN – Observatório do Mundo em Rede. Advogado (Bolzan & Bussinguer

Advocacia)


Tomo emprestado, aqui, o grande Gabriel García Márquez para dizer que o acontecimento que tem estado nos noticiários diários, até mesmo no debate virtual, faz parte de uma tragédia anunciada. Digo anunciada pois a dita “cultura das redes”, assim como a “economia da internet”, se nutrem, substancialmente, das relações (anti)sociais que promovem.

A morte de uma jovem, após sofrer todo tipo de importunação – próprios das lógicas de “cancelamento” e “lacração”, como conhecido na linguagem das redes -, nada mais é do que a soma de uma ausência de cultura para ser e estar nas redes ladeada pela maximização e instantaneidade do discurso emocional – fofoqueiro, no caso -, que contribui para a monetização dos tais influencers ou canais de “notícias” e o “reforço do caixa” das big techs proprietárias das plataformas de redes (anti)sociais. Fofoca mais lucro é uma fórmula explosiva que anunciava a morte desta e de tantas pessoas, jovens ou não, assim como já noticiara a morte da democracia como regime de governo e convívio social.

Agregue-se a esta equação a ausência de qualquer regulação do ser-estar nas redes, bem como destas,como instâncias de difusão de tudo e todos, como novos ambientes de produção e divulgação de conteúdos – notícias, opiniões etc.

Se, antes, para discutirmos alimentação de baixa qualidade, cunhamos o termo junk food, agora poderíamos falar em junk information relativamente a estes conteúdos com ampla, irrestrita e incontrolável divulgação.

O problema é que uns e outros se alimentam deste “lixo informacional”. Os usuários, em especial os ditos seguidores, têm sua sede saciada pela fofoca – como em outros casos se falava em “sede de sangue”-; os propagadores - como o caso daqueles envolvidos no caso da morte desta jovem – têm seus canais monetizados, arregimentando milhares ou milhões de “seguidores”; já as plataformas têm seus lucros ampliados, uma vez reforçada a economia do tempo própria dos ambientes de internet.

Um cálculo perfeito para o “modelo de negócios do Vale do Silício – MNVS”. Fofoca produz conexão e seguidores; estes geram ganhos aos divulgadores, que são retribuídos exatamente por isso; finalmente, as plataformas vendem mais e, assim, lucram mais, obtendo mais dados com o tempo concectado e a atenção dedicada pelos usuários.

A vítima, ou as vítimas – pois podemos ser todos nós, afinal as fake news não apenas matam pessoas, exterminam sociedades e democracias – não fazem parte deste jogo de ganha-ganha que embala as conexões entre desinformação e capitalismo digital.

Ainda, não se pode esquecer um fato revelador: estes influencers e seus canais têm milhares ou milhões de seguidores o que, por si só, está a indicar um outro problema: o que explica esta conexão dos usuários com este tipo de conteúdo? E, como enfrentar este déficit educacional, de ética e de cidadania, se não por meio de um letramento digital forte, afinal não há tempo para esperar que novas gerações nasçam e cresçam para estarem nas redes.

E, assim, o que resta para fazer. Apesar das dificuldades, a começar pela descontinuidade entre poder público estatal e poder privado da economia digital, é passada a hora de promover-se a regulação das redes.

O que temos até agora, em termos regulatórios, é insuficiente. O PL 2630 – das Fake News – avança, a ponto de sofrer o boicote das big techs, apesar dos próprios limites.

Como tem sido dito, todos os setores da vida privada e da economia têm algum tipo de regulação a que se submetem, porquê apenas a “internet” não teria? O que a imunizaria?

Por óbvio, isso não resolve o problema da descontinuidade entre um Estado, como instituição analógica, e a Internet, como ambiente digital. Os limites daquele impactam fortemente as condições e possibilidades para que o Direito, como expressão deste poder, seja capaz de submeter esta, tendo-se presente a descontinuidade espaço-temporal que os separa.

Mas, não podemos ficar inertes frente às mortes – da democracia ou das pessoas – anunciadas.


  • Este texto foi publicado com o título “Fofoca nas redes sociais: o que fazer com o lixo informacional”, em edição digital, no dia 27/12/2023. Resolvemos publicar a versão original para inaugurar esta nova atividade do Cyber Leviathan – Observatório do Mundo em Rede.

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